Brasil é líder no combate à fome entre emergentes


 

O documento elogia os esforços do governo brasileiro

O Brasil é líder no combate à fome entre os países em desenvolvimento, de acordo com um ranking elaborado pela ONG antipobreza Action Aid e publicado nesta sexta-feira para marcar o Dia Mundial da Alimentação.

Segundo o documento, o país demonstra “o que pode ser atingido quando o Estado tem recursos e boa vontade para combater a fome”.

A lista foi elaborada a partir de pesquisas sobre as políticas sociais contra a fome em governos de 50 países. A partir da análise, a ONG preparou dois rankings – um com os países em desenvolvimento, onde o Brasil aparece em 1º lugar, e o outro com os países desenvolvidos, liderado por Luxemburgo.

Em último lugar na lista dos desenvolvidos está a Nova Zelândia, abaixo dos Estados Unidos. Entre os países em desenvolvimento, a República Democrática do Congo e Burundi aparecem nas últimas colocações.

Segundo a diretora de políticas da Action Aid, Anne Jellema, “é o papel do Estado e não o nível de riqueza que determina o progresso em relação à fome”.

Brasil

O documento elogia os esforços do governo brasileiro em adotar programas sociais para lidar com o problema da fome no país e destaca os programas Bolsa Família e Fome Zero.

“O Fome Zero lançou um pacote impressionante de políticas para lidar com a fome – incluindo transferências de dinheiro, bancos de alimentação e cozinhas comunitárias. O projeto atingiu mais de 44 milhões de brasileiros famintos”, diz o texto.

Segundo o relatório, o programa ainda ajudou a reduzir a subnutrição infantil em 73%.

A ONG afirma ainda que o Brasil é “exemplar” no exercício do direito ao alimento e cita a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan 2006) e o Ministério do Combate à Fome como medidas de que exemplificam que o direito à alimentação está sendo cada vez mais reconhecido como direito fundamental.

Apesar do aspecto positivo, a ONG afirma que o Brasil “ainda tem áreas em que pode melhorar” e cita o desafio de incluir os trabalhadores sem terra e pequenos agricultores nos programas sociais de alimentação.

“É imperativo que famílias em pequenas fazendas também estejam protegidas da expansão dos enormes programas industriais de biocombustíveis do Brasil”, afirma o relatório.

Índia

Em segundo lugar no ranking dos países em desenvolvimento aparece a China, seguida por Gana (3º) e Vietnã (4º).

A Action Aid destaca a redução no número de famintos na China – 58 milhões em dez anos – e elogia os esforços do governo em apoiar os pequenos agricultores.

Em contrapartida, o documento critica a Índia onde, segundo o relatório, 30 milhões de pessoas teriam entrado para a taxa dos famintos desde a metade dos anos 90.

Além disso, a ONG destaca que 46% das crianças estão abaixo do peso e subnutridas no país.

“A fome existe não porque não há alimento suficiente na Índia, mas porque as pessoas não conseguem chegar até ele. O governo indiano enfrenta um enorme desafio para proteger os direitos dos pobres”, diz o texto.

Ricos

Não só os esforços e as políticas dos governos de países em desenvolvimento e mais pobres são criticados no documento divulgado nesta sexta-feira.

No ranking dos países desenvolvidos, atrás de Luxemburgo está a Finlândia (2º) e a Irlanda (3º), com a Nova Zelândia(22º) e os Estados Unidos (21º) nas últimas colocações.

A ONG acusa o governo neozelandês de ordenar cortes acentuados no incentivo oficial à agricultura e classifica o incentivo do governo americano à agricultura como “mesquinho”.

“A contribuição (desses países) para expandir programas de segurança social permanece insignificante”, diz o documento, agregando Grécia, Portugal e Itália.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/10/091016_brasil_fome_relatorio_np.shtml

Postado por

Luiz Albuquerque

20 comentários sobre “Brasil é líder no combate à fome entre emergentes

  1. renato valeriano campos alves 17/10/2009 / 22:14

    O problema da fome é bastante antigo e, no entanto, ainda persiste sem solução.Mas grandes medidas estão sendo implementadas por diversos governos para tentar diminuir esse mal, entre eles o Brasil, cujo programa de combate à fome é um exemplo para os outros países. A dificuldade nunca foi a desproporção no crescimento da população e da capacidade de produção de alimentos, como alarmava Thomas Malthus, mas sim a distribuição desses alimentos. Estão nos países desenvolvidos, naturalmente, as tecnologias para produção recorde de víveres, sendo que concentram pequena parcela da população mundial, no entanto, há pouco repasse dessa quantidade para os países mais pobres. Essa situação tem forçado os que possuem mais recursos a desenvolver suas próprias maneiras de erradicar a fome sem depender das caras tecnologias dos Estados mais ricos, os quais muitas vezes exigem condições rigorosas demais para fornecer esses alimentos. O Brasil, neste assunto tem feito muito bem o seu papel, reduzindo expressivamente o número de famintos em seu território. Claro que não basta uma política assistencialista se não for acompanhada de condições econômicas, as quais permitam um desligamento dos necessitados da ajuda governamental, mas é um excelente começo.Assim, é bastante válido também um intercâmbio entre os diversos países para que implantem em seus territórios programas desenvolvidos em outros, em prol da comunidade internacional toda. Porém, ressalte-se, os recursos doados pelos países ricos têm de ser mais bem direcionados para contribuir com a evolução econômica das pessoas mais pobres. Nesta atuação se encontra a chave para eliminar o mal da fome de vez do planeta Terra, mas para que dê certo os governantes precisam se conscientizar e trabalhar juntos, porque uma pessoa bem alimentada tem o seu nível de produtividade muito aumentado e isso favorecerá a economia mundial como um todo.

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  2. Edilaine Marques Braga 18/10/2009 / 19:50

    A campanha eleitorial e o início do governo Lula foram sem dúvida alguma marcados pelos projetos de combate à fome e à miséria.
    Quem em sã consciência pode discordar de políticas governamentais que envidem esforços para combater fome e miséria, seja em países em desenvolvimento ou desenvolvidos.
    Claro, qualquer idéia que se transforme em projeto ou medida efetivamente implementada há que ser destacado e considerado.
    Todavia, é estranho vislumbrar o destaque do Brasil no artigo em questão, pois em nosso cotidiano não é possível vislumbrar de forma tão distinta e evidente a eficácia dos projetos sociais já implementados e em andamento no Brasil.
    A pobreza e a miséria é tão grande e atinge um número tão relevante de pessoas que por mais bem sucedido tenham sido tais projetos até então, a meu ver é nítida a sensação de que falta muito a se fazer ainda.
    Que os projetos tenham atingido um bom universo de pessoas é ótimo e louvável, mas não se pode deixar de lado os questionamentos sobre tais projetos.
    Afinal até que ponto são sustentáveis? Não seria melhor ensinar a pescar do que dar o peixe? Os projetos brasileiros tem caráter puramente assistencialistas e isto a médio e longo prazo pode se tornar inviável.
    Por que quando se trata de combate à fome e à miséria não se discute o controle de natalidade. É fato incontestável que o planejamento familiar é imprescindível ao desenvolvimento de um país.
    O que dizer a uma moradora de favela já com 5 filhos de pais diversos e ausentes, que trabalha como faxineira conseguindo auferir ao final do mês cerca de R$465,00? Bom, ao que me parece, no momento o governo brasileiro está dizendo: olha você tem direito a uma bolsa família…
    Mas penso que deveria trabalhar na conscientização de que ela não deveria ter mais filhos, facilitar a esterilização nos hospitais públicos, lançar campanhas claras neste sentido e tudo isto quando ela já tivesse o segundo filho e não deixar que ela chegue a ter o décimo porque, sem dúvida alguma, não irá ter condições de sustentá-los. Há que ser lembrado que são justamente estes cidadãos que compõe o número de miseráveis que assolam o país e dependem de políticas assitencialistas de combate à fome que amanhã contribuírão para o aumento da criminalidade. Certamente para fugirem da miséria darão o seu próprio “jeitinho” e engrossarão o número de ex-miseráveis que agregam o número de marginais responsáveis pelo “silencioso” aumento da violência.
    Há que se combater a fome/miséria, mas defendo uma análise, bem como projetos mais macros do que os até pensados e implementados pelas autoridades brasileiras.

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  3. Marcia Braga Morato 19/10/2009 / 19:44

    A miséria no Brasil é resultado de um processo histórico. Com a explosão dos índices de desemprego nos anos 90, ela se agravou. Hoje, há um amplo consenso de que o mais terrível dos efeitos da miséria, a fome, não é causado pela falta de produção de alimentos, mas pela falta de renda das famílias para adquirir os alimentos na quantidade necessária e com a qualidade adequada.

    A implantação de políticas estruturais para erradicar a miséria requer muitos anos e boa vontade política para gerar frutos consistentes. A fome, porém, não espera e segue matando a cada dia, produzindo desagregação social e familiar, doenças, e violência crescentes. Para combater a fome, não é suficiente que nos limitemos às doações, bolsas e caridade. A fome só será erradicada através de políticas públicas eficazes, ações integradas e abrangentes, que procurem erradicar não apenas a fome, consequência da miséria, mas sim erradicar a própria miséria, além de tudo o que abrange tal condição. Assim, investimentos em educação e capacitação profissional estão no cerne de tais ações, vez que objetivam prover a todos um ofício que torne os cidadãos capazes de se sustentarem, mantendo-os afastado da criminalidade e das drogas. O combate à fome se integra, assim, à concepção de um novo tipo de desenvolvimento econômico.

    Segundo o governo, o programa Fome Zero inclui, além de medidas estruturais, uma política de apoio efetivo à agricultura familiar; o direito à Previdência Social para todos os trabalhadores familiares, da economia rural ou da economia informal urbana, garantindo a universalidade prevista na Constituição; o direito à complementação de renda para que todas as crianças das famílias pobres possam ter formação educacional adequada; a ampliação da merenda escolar, atingindo todas as crianças que freqüentam escolas públicas, inclusive creches; e, finalmente, o apoio aos inúmeros programas criados por governos estaduais, municipais e pela sociedade civil organizada que buscam combater a fome por meio de restaurantes populares, bancos de alimentos, modernização do abastecimento, incentivo à agricultura urbana, apoio ao auto-consumo alimentar e à agricultura familiar.

    Porém, nao é difícil perceber que tal é ainda uma utopia, um objetivo muito distante de ser alcançado. Os programas assistencialistas buscam a resoluçao imediata de uma consequência do problema, e no caso da fome, por seu caréter urgente, é de certa forma eficaz. Todavia, é necessário que se compreenda que um problema estrutural tão grave nao será resolvido se apenas se cuidar de suas consequências, e nao de suas causas.

    Infelizmente, nossos governos parecem mais preocupados com a reeleição, e dar ao povo o “pão e circo” não é uma estrategia nova, e que continua bastante eficaz para tal fim. Entretanto, uma mudança real não ocorrerá enquanto não se adotarem medidas de base.

    Os governos dos países desenvolvidos são criticados pela falta de empenho no combate à fome, estando em primeiro lugar no ranking, a Nova Zelândia. Todavia, bastaram alguns meses para perceber que não existe fome naquele país! A pobreza existe de forma diferente, e os problemas estruturais tão profundos que enfrentamos, não existem ali. Não ha analfabetismo nem violencia, e para os desempregados, o governo oferece auxilio capaz de manter uma familia de forma digna. Os problemas sociais são outros, e o governo procura se concentrar neles.

    Portanto, é extremamente ilusório ver um pais desenvolvido em ultimo lugar de um ranking de um prolema que nao existe ali! Do mesmo modo, é ilusório imaginar que o Brasil está cuidando da fome quando o que vemos diariamente é uma corrupção escancarada e uma ajuda ínfima aos miseráveis, para quem R$182,00 (valor atual máximo do bolsa família) é extremamente substancial, vez que representa, grande parte das vezes, a totalidade de sua renda.

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  4. Caroline Vasconcelos Costa Lanza 20/10/2009 / 9:25

    É utópico ver que o Brasil lidera o ranking do combate à fome entre os paíse em desenvolvimento, pois corriqueiramente somos informados acerca da miséria que cada vez mais atinge o país… O problema da fome no Brasil não provém de clamidades ou de um regime de escassez. Na verdade, o problema é político e econômico, ou seja, é resultado da má distribuição de renda e de poder e, portanto, da falta de recursos da população mais pobre para comprar alimentos. Não podemos descredibilizar os programas assistenciais trazidos à tona pelo Governo Lula. Contudo, embora seja a “assistência” necessária para aqueles que não possuem capacidade de sustentação produtiva, o “assistencialismo” “apenas recria a miséria, vez que acaba por adiar o problema, mas não soluciona “o mal pela raiz”. É preciso oferecer condições para que o cidadão tenha possibilidade de se auto-sustentar por meio de um trabalho e uma remuneração condizentes com a Dignidade da Pessoa Humana e, para tanto, a questão da fome deve envolver a adoção de políticas sociais que visem à redistribuição de renda e de poder. É preciso, também, que mudanças verdadeiramente importantes aconteçam no relacionamento entre as nações emergentes e as mais industrializadas, pois sozinhos, os países em desenvolvimento não conseguirão vencer a miséria e a fome.

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  5. Christiane Ribeiro Resende Melo 20/10/2009 / 9:42

    Por volta do ano de 2000/2001 o Brasil ainda exibia níveis muito altos de pobreza e exclusão. Houve melhorias na distribuição de renda, mas nada se traduziu em termos de qualidade de vida ou melhores indicadores sociais. Se antes se podia dizer que a pobreza estava “estacionada” em algumas regiões do país, passou-se a constatar que ela se dissipou, cresceu em direções novas, rompendo limites e fronteiras e alcançando regiões em que ela já se imaginava combatida.
    É nesse contexto que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva se elegeu e elegeu o combate à fome como bandeira de ação e de marketing e tem nele a sua área de atuação mais bem avaliada. Elogia-se os esforços do governo brasileiro em adotar programas sociais para lidar com o problema da fome no país e destaca os programas Bolsa Família assim como o já supracitado, cujo objetivo é promover segurança alimentar e nutricional a todos os brasileiros, atacando as causas
    estruturais da pobreza, e que consequentemente ajudaram ainda a reduzir a subnutrição e a mortalidade infantil.
    Para estimular contribuições ao Fome Zero, o governo federal adotou uma tática, qual seja prometer visibilidade e “publicidade” às empresas, com divulgação dos nomes dos parceiros nos veículos oficiais de comunicação e principalmente, nos discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pressuposição da participação da sociedade civil no Programa Fome Zero é corroborada na medida em que se defende que a organização da sociedade é condição essencial para as conquistas sociais e para a superação definitiva da pobreza.

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  6. Caroline Márcia Cruz 20/10/2009 / 23:26

    Pobreza, fome e miséria são historicamente características negativas de grande parte do quadro social brasileiro, e problemas que o Governo Federal enfrenta e tenta vencer há muitos anos.
    Com o intuito de diminuir os índices de pobreza, combater a fome e distribuir melhor a renda entre a população brasileira, o Governo Lula criou programas sociais que beneficiam a uma parcela menos favorecida do nosso país, em especial o Fome Zero.
    O Programa Bolsa Família, maior programa do Fome Zero, surgiu em 2003, num momento de instabilidade, quando o desenvolvimento social e econômico do país estava muito abaixo das expectativas. A desigualdade social e a pobreza estavam em crescimento acelerado, e o governo precisava tomar alguma atitude para estabelecer um novo e rápido progresso social. Hoje, o Bolsa Família é considerado um dos principais programas de combate à pobreza no mundo, tendo sido nomeado como “um esquema anti-pobreza inventado na América Latina que está ganhando adeptos mundo afora”, segundo a revista britânica The Economist. Governos de todo o mundo estão de olho no programa.
    Porém, apesar de seu grande apelo social, o Bolsa Família para muitos ainda não deixou de ser meramente uma política compensatória, ou seja, uma política implementada pelo Estado com o objetivo de resgatar ou minimizar distorções e injustiças sociais profundas, que condenam minorias a baixos salários e escassas oportunidades. Além disso, a exagerada burocracia para se obter o benefício, o desvio de verba a pessoas que não necessitam da ajuda do programa e a dificuldade de fiscalização do Governo Federal nas prefeituras e secretarias responsáveis pelo cadastramento dos beneficiários, impedem que muitas famíias realmente necessitadas deixem de receber o benefício. Além disso, é evidente a ineficácia do programa em atender os trabalhadores sem-terra, haja visto que é necessário um endereço fixo para o cadastramento.
    Portanto, há sim motivos para se vangloriar o trabalho do Governo Federal em combater a fome no Brasil, e é justo que esse trabalho seja reconhecido e noticiado por órgãos estrangeiros como exemplo de políticas públicas em prol dignidade do povo e da igualdade social. Alguns países ricos e desenvolvidos deveriam se inspirar e trabalhar nesse sentido, pois é provável que tenham condições de fazer até melhor. Mas não podemos fechar os olhos para as falhas dos programas sociais brasileiros. Ainda há muito o que melhorar e muitos cidadãos a serem beneficiados. É preciso minimizar a burocracia e evitar a corrupção da verba federal, para que o combate a fome alcance um público ainda maior e tenha resultados ainda mais significantes para o povo. Além disso, é necessário o desenvolvimento de outros projetos socias, que não apenas “entreguem o peixe, mas também ensinem a pescar”, a fim de evitar o acomodamento a população e ainda dar condições favoráveis para que os cidadãos brasileiros tenham trabalho e vida dignos e não necessitem da ajuda financeira do governo.

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  7. Anderson Evangelista da Conceição 21/10/2009 / 7:50

    O fato de o Brasil ser o líder no combate à fome entre os países em desenvolvimento, de acordo com um ranking elaborado pela ONG antipobreza Action Aid, pode ser visto com certa naturalidade.
    A maior bandeira do governo Lula, é sem dúvida programa social conhecido como Fome Zero. Já nas eleições para o primeiro mandato do atual governo, o referido programa foi sem dúvida a principal arma utilizada na candidatura do presidente, para conseguir ser eleito.
    Depois da eleição do atual presidente, o programa Fome Zero foi implantado e amplamente divulgado sendo, nitidamente, o pragrama de maior visibilidade e maior expansão dentro do governo Lula.
    Nos ultimos anos, o Brasil tem tido uma política de combate a fome, que vem sendo utilizada como “carro chefe” de um governo que da prioridade a assitência social. Que tem investido na assitência social, não só para tentar reduzir a fome no páis, como também como forma de prender a população que recebe os benefícios dos programas de assistência, ao medo de que com a mudança no governo advinda de uma vitória da oposição, possam os benefícios dados a população carente, serem extintos e as bolsas que hoje são o principal sustento de muita familias, possam acabar.
    Natural é se pensar que um governo nitidamente assintencialista, como é o atual governo brasileiro, possa estar a frente de outros países no cambate a fome, se comparado a países onde as maiores preocupações dos governos, são relacionadas a segurança nacional, a questões de fronteiras, de política nuclear, e de tantas outras questões que não sejam ligadas a redistribuição de renda e política alimentar.
    Por políticas como as da bolsa familia do governo brasileiro e pela prioridade em outras questões, que os outros países em desenvolvimento tem, é natural que o Brasil se encontre a frente deles, no cambate fome no raking apresentado pela ONG antipobreza Action Aid.

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  8. Gabriela Chaves Cançado 21/10/2009 / 9:33

    “Quem tem fome, tem pressa.” , já diria o pedagodo e sociologo Betinho. Particularemente, compartinho com essa ideia. Contudo, o tema “fome e miserabilidade” não é assunto novo em nossas páginas de revistas, jornais, artigos acadêmicos, etc. Alegro-me em saber que aproximadamente 44 milhoes de brasileiro beneficiam-se com as transferências de dinheiro, bancos de alimentação e cozinhas comunitárias fornecidas pelo programa “FOME ZERO”, e que a imagem internacional de nossa terra tupiniquim vem ganhando agrado aos olhos do mundo. Ocorre que, a meu ver, políticas assistencialistas como essa não bastam para resolver, de forma plena, tal assunto. Tais programas são extremamente importantes e corroboram para a melhoria da qualidade de vida das pessoas abrangidas por eles, e correspode a uma solução rápidas para aqueles que esperam anciosos por direitos tão fundamentais. Mas, não devemos mascarar um problema tão sério. Os mesmos 44 milhões de brasileiros que não mais passam fome e sustentam a liderança do Brasil no combate a fome entre os países em desenvolvimento, se não assistidos por políticas assitencilistas, voltaram a passar fome e viver na miséria. Tralado a essas políticas, deve-se devenvolver um trabalho de sustentabilidade, para que essas pessoas tenham capacidade de proverem por si mesmas suas necessidades.

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  9. Ricardo Magalhães 21/10/2009 / 15:44

    Apresentado em Roma na semana passada, o estudo “O Estado da Segurança Alimentar – 2009”, elaborado pela FAO e o Programa Mundial dos Alimentos (PMA), destaca ainda que é preciso reformar “urgentemente” o sistema alimentar mundial.
    Além de indicar que o aumento do número de pessoas que passam fome no mundo foi sustentado ao longo da última década, o estudo destacou que este crescimento foi maior nos países em desenvolvimento.
    Como lembrou, muito bem, o diretor-geral da FAO, o senegalês Jacques Diouf, ao dizer que os líderes mundiais reagiram com contundência à crise econômica e financeira e conseguiram mobilizar bilhões de dólares em um prazo de tempo muito curto, por que para outros assuntos de tamanha importância não há essa mobilização das grandes potências? A mesma ação enérgica ele pediu em prol do combate à fome e à pobreza mundial. A cada dia, mês, ano, o aumento do número de vítimas é inaceitável. O mundo incluindo suas nações e em especial, os mais desenvolvidos têm os recursos técnicos e econômicos para fazer a fome desaparecer, o que falta é uma vontade política maior para erradicá-la para sempre.

    Diante deste fato narrado e tamanha tristeza, tivemos esta noticia boa para o Brasil e o mundo, afinal temos uma das maiores nações do mundo e com uma população de grande relevância. “O Brasil é líder no combate à fome entre os países em desenvolvimento, de acordo com um ranking elaborado pela ONG antipobreza Action Aid e publicado nesta sexta-feira para marcar o Dia Mundial da Alimentação”. Dado esse relevante, não só pelo que ele realmente representa para a população carente, mas também pela boa imagem que passamos para o mundo, de luta, perseverança em mudar o mundo para melhor, com menos desigualdades, esperança esta de todos nós.

    Ricardo Magalhães.

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  10. Manuela Amaral Duarte 21/10/2009 / 16:25

    O contexto de pobreza do país é resultado de um processo histórico que não resolveu questões básicas. Com a explosão dos índices de desemprego nos anos 90, ela se agravou. Hoje, há um amplo consenso de que o mais terrível dos efeitos da miséria, a fome, não é causado pela falta de produção de alimentos, mas pela falta de renda das famílias para adquirir os alimentos na quantidade necessária e com a qualidade adequada.
    A implantação de políticas estruturais para erradicar a miséria, requer muitos anos para gerar frutos consistentes e o combate à fome se integra, assim, à concepção de um novo tipo de desenvolvimento econômico. A posição que ocupa o país no ranking, demonstra que nossa economia está mudando e que o país é uma grande pode vir a ser potência em desenvolvimento.
    A falta de políticas de geração de emprego, de saúde e de educação ainda tem um custo muito elevado para o País, tais fatores contribuem de maneira significativa para o aumento de pobreza e consequentemente da fome. Ainda há muito que ser feito para que o Brasil permaneça na sua atual posição, sobretudo que sejam implantadas políticas públicas adequadas.

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  11. Manuela Amaral Duarte 21/10/2009 / 16:26

    Muito importante é o lugar que o Brasil conquistou no ranking no combate à fome, o que mostra que, o que se tem feito, está gerando resultados, mas que o processo de luta contra a fome está apenas começando.
    O contexto de pobreza do país é resultado de um processo histórico que não resolveu questões básicas. Com a explosão dos índices de desemprego nos anos 90, ela se agravou. Hoje, há um amplo consenso de que o mais terrível dos efeitos da miséria, a fome, não é causado pela falta de produção de alimentos, mas pela falta de renda das famílias para adquirir os alimentos na quantidade necessária e com a qualidade adequada.
    A implantação de políticas estruturais para erradicar a miséria, requer muitos anos para gerar frutos consistentes e o combate à fome se integra, assim, à concepção de um novo tipo de desenvolvimento econômico. A posição que ocupa o país no ranking, demonstra que nossa economia está mudando e que o país é uma grande pode vir a ser potência em desenvolvimento.
    A falta de políticas de geração de emprego, de saúde e de educação ainda tem um custo muito elevado para o País, tais fatores contribuem de maneira significativa para o aumento de pobreza e consequentemente da fome. Ainda há muito que ser feito para que o Brasil permaneça na sua atual posição, sobretudo que sejam implantadas políticas públicas adequadas.

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  12. Bruna F. Moreira 22/10/2009 / 6:49

    A fome é um problema mundial que nos acompanha desde o processo de colonização pelos europeus, que ao chegarem aqui, implantaram propriedades agrícolas destinadas à exportação. Com isso, a produção de subsistência caiu e os problemas de subnutrição e fome surgiram.
    Dentro da atual ordem econômica mundial, os países subdesenvolvidos não conseguiram livrar-se do colonialismo econômico, que ainda predomina nas relações internacionais, ou seja, as suas economias estão estruturadas de forma a atender as necessidades do mercado externo em prejuízo do mercado interno. Em razão disso, ocorre escassez de alimentos básicos para o mercado interno ou o seu preço é tão elevado que dificulta a sua aquisição por grande parte da população de baixa renda.
    No Brasil, o governo federal criou o programa FOME ZERO para assegurar o direito humano à alimentação adequada às pessoas com dificuldades de acesso aos alimentos.
    Entretanto, apesar do Brasil ter sido considerado o líder no combate à fome entre os países emergentes, percebe-se que mesmo com a implantação de políticas públicas de segurança alimentar, como o Fome Zero, ainda é preciso fazer muito para que milhões de brasileiros deixem de sofrer com a fome e a desnutrição.
    Isso porque a pobreza e o desemprego são as principais causas da fome no Brasil, sendo necessário integrar o objetivo da Política de Segurança Alimentar com estratégias de desenvolvimento econômico e social para garantir igualdade e inclusão social.
    Assim, o governo brasileiro deve implantar um modelo de desenvolvimento econômico que garanta, também, a equilibrada distribuição de renda, de modo a recuperar o crescimento do país através de geração de empregos, melhoria dos salários e recuperação do poder de compra do salário mínimo, bem como
    implantar políticas diretas para atender as famílias necessitadas que não têm condições de se alimentar todos os dias com qualidade e quantidade suficiente.

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  13. Carla Beluco Corradi 22/10/2009 / 15:07

    Brasil e líder do combate a fome entre os países emergentes. Isso e uma grande vitória para nosso país, gerando um grande resultado para a grande parte da população que não tem condiçoes nem para comprar algo para comer.
    O problema contra a fome é um problema mundial,que precisa ser combatido,comida é básico para o sobrevivência humana.
    O contexto do problema de fome em nosso país vem desde da colonização que só foi agravando ao londo dos anos.
    Com a implementação de políticas para erradicar a miséria faz com a economia do país melhore cada vez mais,em um país que vem crescendo economicamente como o Brasil.
    As pessoas tem que ter no minimo o direito de comer,ter condiçoes de comprar alimentos para si próprias e para a família.
    Se melhorarmos o indice de miséria em nosso país consequentemente estamos melhorando nosso quadro economico,social e político.

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  14. Felipe Augusto Barros Campos 26/10/2009 / 13:02

    A
    fome é um problema que assola o Brasil a longos anos e possui raízes
    históricas que ajudam a entender essa situação. Desde a colonização até
    os dias atuais existe uma péssima distribuição de renda, que,
    dentre outros motivos, contribui para o aumento da fome. Ocorre que nos
    últimos anos, em especial, durante o governo Lula, foram adotados
    programas sociais que enfatizam o combate à fome e que auferiu
    resultados significativos em um curto espaço de tempo demonstrando que
    com recursos, e, acima de tudo, vontade política é possível erradicar
    a fome no país. Outra questão abordada pela ONG antiprobeza Action Aid
    é o fato de setores da sociedade que necessitam de ajuda do governo,
    entre eles, pequenos agricultores e trabalhadores sem terra, ainda não
    terem sido beneficiados por programas assistenciais, como o Fome Zero,
    que tem o bolsa família como seu “carro chefe” e que já beneficiou 44
    milhões de brasileiros. Assim, apesar do sucesso desses programas, é
    necessário que o governo não se “acomode” e passe a visar todos
    setores sociais desfavorecidos com a implementação de políticas públicas que
    proporcionem uma menor desigualdade e consequentemente acarrete mais
    dignidade a todos.

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  15. Aline Félix 26/10/2009 / 15:09

    A politicas adotadas no Brasil no combate a fome realmente surtem efeito a médio prazo. Reflexo disso é a posição do nosso país no ranking contra a fome elaborado pela ONG antipobreza Action Aid. Contudo atrás dos números que vangloriam uma primeira posição entre os países desenvolvidos há politicas públicas de viés assistencialistas que surtem efeito a curto prazo.

    Medidas paliativas por assim dizer!

    Agora, devemos nos questionar que em um próximo mandato, assumindo a frente do país algum grupo da oposição, o Fome Zero e demais programas de cunho assistencialista podem ser extirpados, deixando boa parte dos “clientes” do Estado desguarnecidos de “pão e vinho”.

    Dentre deste quadro nem mesmo os números de um ranking poderá maquilar a realidade do país no que tange a situação de miserabilidade que vive boa parte do povo brasileiro.

    É claro que precisamos de medidas eficazes contra a fome. Não proponho aqui políticas públicas de eficácia a longo prazo, mas é cabivel a que se concatenem estas as politicas de curto prazo, como o fome zero a politicas de emprego. Medidas que casem a necessidade preemente da população ao desenvolvimento social sem máscaras.

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  16. Fábio I Pereira 27/10/2009 / 0:53

    Programas como o bolsa família e o fome zero, trouxeram, sem sombra de dúvidas grandes avanços sob o ponto de vista humanitário no Brasil nos últimos anos, tais programas são ótimos para gerar indicadores positivos para o governo, mas em uma analise mais profunda, possuem graves problemas, sendo os dois principais os seguintes: governo assistencialista e cabide eleitoral.
    Conforme ensina o dito popular: “Não se deve dar o peixe e sim ensinar a pescar”. Visto dessa ótica, o governo por melhor e mais amplos que sejam os seus programas sociais, tem um papel assistencialista a essas populações mais pobres, que indubitavelmente acomodam-se frente a tal situação e não buscam por melhores condições de vida, visando um dia não precisar de tal programa. É preciso haver um retorno social do dinheiro aplicado, um exemplo clássico são as medidas tomadas pelo governo americano, após a grande crise de 1929, onde trabalhadores desempregados eram contratados pelo governo americano para “abrir um buraco de dia e tapá-lo à noite”, ou seja, dar um retorno social ao dinheiro aplicado, para não dar margem ao surgimento da cultura assistencialista.
    Devido à imensa massa de analfabetos e analfabetos funcionais de nosso país, programas como esses apresentados pelo artigo trazem uma conseqüência terrível para a democracia: Funcionam como um verdadeiro cabide eleitoral. Afinal, para uma massa de pessoas que não possuem acesso a informação e nunca tiveram oportunidades na esfera econômica e social, um governante que dá um dinheiro (de que eles precisam, sem duvidas) todos os meses, ganha um verdadeiro status de “divindade” e dessa maneira, o partido dele praticamente garante a permanência no poder durante um bom tempo.
    Em resumo, tais iniciativas são validas, mas devem ser purgadas de seus vícios e distorções, sobretudo no campo da ética, para que um dia, verdadeiramente, esses programas possam funcionar como um trampolim das massas menos favorecidas para uma vida em sociedade mais digna.

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  17. Graziela Nascimento 30/10/2009 / 7:42

    As políticas assistencialistas implantadas pelo Presidente, de fato, auxiliam no combate à fome e à miséria do país.
    No entanto, este tipo de política é uma via de mão dupla. Ao mesmo tempo que prestam um apoio humanitário à população brasileira, condicionam esta a percepção do benefício sem qualquer tipo de contraprestação.
    Na verdade, o que deveria ser um paliativo para situações emergenciais e excepcionais, tornou-se, no Brasil, em regra geral, deixando esquecido o que realmente contribui, ainda que a longo prazo, para o enriquecimento e desenvolvimento da população, que é a educação básica, a qualificação da mão-de-obra e a expansão do mercado de trabalho.
    É a vilha situação do dito popular: o importante é ensinar a pescar.

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  18. Kelly Cristina Cordeiro 07/11/2009 / 20:06

    A notícia divulgada, do Brasil líder no ranking do combate à fome, é, claro, motivo de muita comemoração para governo e população brasileiros. A fome é algo absurdo, bem como a falta de um lar, de acesso a tratamentos de saúde, enfim ,privação das condições mínimas de subsistência. No entanto, tenho dúvidas se o método adotado é o mais eficaz. Os programas do governo combatem a fome por meio de bolsas e cestas básicas. Assim o problema é resolvido a curto prazo. Mas, com esse tipo de programa, sempre haverá a fome a ser combatida. É como esperar a dor de cabeça chegar e tomar um analgésico, ao invés de encontrar a sua fonte, para que não se tenha mais esse tipo de dor. Sempre será combatida por meio do remédio, mas sempre retornará, e então, será sempre necessário mais remédio. Na minha opinião são necessárias medidas que atinjam a raiz do problema, trabalhar-se em troca de um salário, que possibilitará a compra dos alimentos. Aí está a questão: o governo deveria oferecer à população emprego, para que assim tenha um retorno governamental.

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  19. Ana Cláudia Menezes Gonçalves 08/11/2009 / 20:29

    A fome é um problema de grande dimensão, pois mais de um bilhão de pessoas no mundo, um sexto da população, sofre com subnutrição. Essa realidade demanda atitudes práticas para se atingir melhoras principalmente depois da crise que a situação piorou, pois reduziu a ajuda estrangeira e o investimento em países mais pobres .
    Muitos fatores têm influência sobre a segurança alimentar. Os mais importantes são o abastecimento alimentar, o acesso ao emprego e outros serviços básicos como educação, atenção à saúde, saneamento básico, água limpa e moradia segura. Além disse os alimentos devem estar disponíveis, acessíveis e utilizados da melhor maneira possível.
    O Brasil demonstra uma melhora nos níveis de subnutrição desde 1990. Isso ocorreu devido os programas do governo como o Fome Zero, o Bolsa Família, o Minha Casa e também o aumento do salário mínimo. Por outro lado, existe uma “crise no preço dos alimentos”, pois os preços estão altos para muitos brasileiros. Vale lembrar, que no Brasil são desperdiçados, todos os dias, 39 milhões de quilos de alimentos que dariam para alimentar 19 milhões de pessoas. Este ponto demanda valores humanitários para que possamos agir no interesse de todos. O Vietnã apresentou uma maior melhor no combate a subnutrição

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  20. Carolina Mattos Aguiar 22/09/2010 / 11:56

    Cumpre destacar que a fome não é um problema epidêmico posto que não provém de calamidades ou de um regime de escassez. A fome tem natureza política e econômica, ou seja, falta de recursos da população para comprar alimentos.
    A questão envolve a adoção de políticas sociais que incorporem a redistribuição da renda e do poder. Diversas políticas governamentais foram implantadas com o intuito de erradicar o problema que atinge milhões de brasileiros.
    Recentemente, o governo Lula consolidou programas criados no governo FHC, quais sejam: bolsa família e fome zero, que em tese são mecanismos de transferência de recursos haja vista que consistem na ajuda financeira às famílias pobres. O programa visa reduzir a pobreza a curto e a longo prazo.
    Em que pese os argumentos favoráveis, eu não concordo e nem acredito que o programa efetivamente tenha alterado dados significativos no que tange à fome no Brasil. Acredito, sim, que foi uma proposta ambiciosa demais para ser cumprida em apenas 4 anos. Lula, quando da campanha de 2002 afirmava que conseguiria em curto período de tempo, erradicar o problema no país.
    Claro que houve pontos positivos. Segundo dados da FGV estimava-se que em 2002 haviam 50 milhões de miseráveis no Brasil. Após, em 2003 o número aumentou em 3,9%, caindo 8% no ano seguinte. Assim, em 2004 haviam cerca de 48 milhões de miseráveis. Um número relativamente bom, se não fosse a proposta de erradicar a pobreza não tivesse sido tão exagerada.

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